sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Histórico de Carinhanha


O município de Carinhanha localiza-se na Zona Geográfica do Baixo Médio São Francisco, encontra-se totalmente incluído no Polígono da seca e está distante 899 km da capital do estado - Salvador. Limita-se com os seguintes municípios: ao norte, Serra do Ramalho (110 km), ao leste, com o município de Malhada (3 km), a oeste com Feira da Mata (60 km), e, ao sul, com a cidade mineira de Juvenilia. Sua população era de 27.272 habitantes, dado apresentado pelo censo demográfico do IBGE de 2000 distribuído da seguinte forma: zona rural com 16.788, e zona urbana com 10.483 habitantes. O município localiza-se a 14º, 18’ 22de latitude sul e 43º, 46’ 02” de longitude oeste. A sede tem uma altitude de 452 m ao nível do mar, e uma área total de 2.762,2 km².
Os registros apontam que o território onde está situado o município de Carinhanha/BA já era habitado pelos índios Caiapós no ano de 1712. No entanto houve um conflito entre alguns bandeirantes, entre eles Manuel Nunes Viana, vencedor dos paulistas na Guerra dos Emboabas, desbravador que comandava uma das bandeiras organizadas pelos herdeiros de mestre de campo Antônio Guedes de Brito, que partiu do litoral baiano em busca do Rio das Velhas e atingiu a margem esquerda do rio São Francisco. Seguindo para o sul, atravessaram o rio Carunhenha ou Carinhanha, encontrando os índios Caiapós. Desse encontro, resultou luta sangrenta, na qual fracassaram os índios. O bandeirante Viana fixou-se definitivamente nesse território, tornando-o base para suas conquistas e, posteriormente, centro de intercâmbio entre os estados da Bahia e de Minas Gerais.
Do ponto de vista etimológico, a palavra “carinhanha” significa “loca de sapo”, entretanto, associam esse topônimo indígena à grande quantidade de aves existente no lugar, hoje raramente encontradas nas margens das lagoas. Todavia, considerado os registros históricos e um verdadeiro consenso entre os municípios, o nome da cidade seria uma decorrência da denominação do rio Carinhanha ou Carunhenha, como era conhecido na língua indígena.
Carinhanha passou a ser conhecia como cidade através do um decreto Estadual n° 762 de Agosto de 1909, assinado pelo então governador Dr. João Ferreira Araújo Pinho. Era constituída por seis distritos, atualmente conta com onze, além de quatro povoados e várias fazendas.
O sistema de transporte do município é representado pelas modalidades rodoviária e hidroviária. A sede municipal está localizada no externo da BA-161, cujo trecho pavimentado faz conexão com a BR-349, que proporciona a ligação com Brasília, através de conexão da BA-161 com a BR-242. O município está integrado à área de expansão da fronteira agrícola, em que se constitui a região oeste do estado da Bahia.
O transporte fluvial é exercido em pouca escala, sendo basicamente o de passageiros entre as cidades vizinhas às margens do rio São Francisco, por meio de pequenas embarcações e lancha de motor movido a óleo diesel. Alem disso, é feita a travessia de veículos por balsas, entre Carinhanha e Malhada, uma vez que a ponte que ligará esses dois municípios está em processo de construção.
A economia do município é baseada essencialmente em atividades agropecuárias; possui uma área agrícola de 122.411 hectares/há, apresenta uma baixa concentração comercial, industrial, bancária e de serviços. O comércio local é incipiente, sendo todo o movimento comercial atraído para a cidade de Guanambi e outras do estado de Minas Gerais, que fazem fronteira com o estado da Bahia.
Os serviços básicos de Carinhanha se subdividem em abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, energia elétrica, sistema de telecomunicação e saúde pública.
A cidade – sede – possui um sistema de captação, tratamento e distribuição de água, operado pelo Serviço autônomo de Água e Esgoto – SAAE. O Esgotamento sanitário não conta com sistema de coleta e transporte de esgotos, entretanto está em construção.A limpeza urbana é feita através de coleta de lixo por caçamba e carro compactador, além do serviço de varrição. O material coletado na sede é destinado a uma área de lixão localizada a dois quilômetros do perímetro urbano e lançado a céu aberto, sem nenhuma forma de controle dos resíduos. O fornecimento de energia elétrica no município é de responsabilidade da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia – COELBA, por intermédio de 3.445 ligações na sede, de 2.960 ligações na zona rural e de iluminação pública, com tensão de 220 v. Quanto ao sistema de telecomunicações, o município não possui canal de televisão, nem mesmo como repetidora. Conta apenas com duas emissoras de Rádio FM, sendo uma comunitária e outra comercial, e o serviço de telefonia fixo é prestado por uma única concessionária.
A cidade conta com um Hospital Municipal, seis Unidades do Programa Saúde da Família –PSF, uma Farmácia Básica, um Centro de Fisioterapia, 43 um Centro de Referência de Assistência Social- Cras e está em fase de implantação um Centro de Atendimento Psico-Social-CAPS.
O município possui entidades e espaços artístico-culturais, destacando-se: Centro de Estudos Dona Carmem/CEDOCA, Área do Colégio Estadual Coronel João Duque, Área Livre do Colégio Estadual São José, Balneário do Pontal, Parque de Exposições Municipal, Praça da Matriz, Praça do Antigo Casarão e Praça do Relógio.
Além disso, conta com: Arquivo do Fórum Ministro Adhemar Raymundo da Silva; Biblioteca Dona Carmem; Biblioteca Pública Municipal Castro Alves; Filarmônica Pedro Leite de Almeida; Fundação Cultural Pau do Fuxico; Liga Operária Beneficente de Carinhanha; Casa da Careta e Igreja Matriz de São José.
Diversos grupos desenvolvem atividades que expressam a cultura carinhanhense – capoeira, dança, folclore de reis, de teatro, blocos carnavalescos.
No que tange aos espaços esportivos, destacam-se: Estádio Presidente Médice, Quadra da Torre, Quadra Poliesportiva Beira Rio, Quadra Poliesportiva da Associação Atlética Banco do Brasil e Quadra Poliesportiva do Educandário.

Principais problemas da cidade


O município de Carinhanha situado às margens do Rio São Francisco e do rio Carinhanha ao longo do seu contexto histórico sofre com vários problemas agravantes como: acúmulo de lixos falta de saneamento básico, desmatamento desordenado, déficit habitacional, prédios educacionais inadequados, estradas sem pavimentação, má distribuição de renda, violência sexual, entre outros.
Dentre os problemas citados, dois têm causado grandes transtornos para população carinhanhense, sendo eles o lixo e o desmatamento desordenado, onde o lixo tem trazido grandes conseqüências aos habitantes, pois não existe aterro sanitário adequado, uma coleta seletiva para resolver o problema, sendo ele destinado a locais impróprios, lixões, terrenos baldios, estradas ou até mesmo nas ruas, causando problemas de saúde, principalmente aos moradores que estão próximos a esses locais.
O desmatamento desordenado também tem preocupado a todos, pois constitui o primeiro estágio de degradação ambiental, onde isso não ocorre apenas pela ganância dos produtores, mas principalmente pela ambição desmedida de forasteiros e alguns comerciantes de Carinhanha pelo carvão. Os órgãos responsáveis, SEMAR (Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos), CRA (Centro de Recursos Ambientais), IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), IMA (Instituto do Meio Ambiente), não tem tido controle sobre a produção desenfreada do carvão que é praticado na ilegalidade.
Portanto, tais problemas só serão solucionados com a participação consciente e responsável da população e dos órgãos responsáveis.

Carinhanha, uma história pra contar.



Contam as lendas que Cari era um índio que se casou com uma índia de nome Nhanha e deste encontro nasceu o nome da cidade!

A cidade Carinhanha que se encontra numa localização privilegiada à beira do rio São Francisco possui uma história rica de um povo que sobreviveu às mais duras condições de existência e como guerreiros resistiram e resistem até hoje, com suas profundas cicatrizes, mas de
cabeça erguida!

Localização

- O município de Carinhanha localiza-se na zona geográfica do médio do São Francisco, estando o seu território parcialmente incluído no polígono das secas. Limita-se com os municípios de Coribe, Cocos, Montalvânia, Malhada e Juvenília/MG - esses dois últimos limitam o município pelo Rio São Francisco e Rio Carinhanha respectivamente. As coordenadas geográficas da sede municipal são as seguintes: 14º,18º, 22º da latitude sul 43º,46' 02''.

Recursos naturais

- A flora do município, apesar das devastações constitui ainda grande riqueza natural, pois são encontradas madeiras de lei, vinhático, peroba, tapioca, pereira e outros; a maniçoba e a mangabeira, produtores da borracha; o Jatobá, o caroá e outras plantas fibrosas. A fauna é rica em animais silvestres, notadamente o gato do mato, a onça- suçuarana e outros. O Surubim, a Curimatá, o pirá, a piranha, o pacu, a curvina, o dourado e outros peixes constituem também, importantes riquezas naturais do município. O único mineral extraído é a pedra para construção. Entretanto, há no município jazidas de manganês, cristal, salitre e calcário, todos, porém, latentes.

População

A população de Carinhanha, segundo o IBGE, é de 27 mil habitantes. A atual população do município conserva ainda os sentimentos e crendices de seus antepassados, principalmente entre as populações rurais.

Os primeiros moradores desse território foram os índios Caiapós que tinham aldeias localizadas nas terras onde hoje se encontra a cidade. Viviam os nativos na mais completa harmonia, quando pela primeira vez, o homem civilizado em 1712, presumivelmente nele penetrou. Segundo a tradição local, essa penetração em Carinhanha coube ao implacável Bandeirante por que viveu depois que venceu os paulistas.

Como a história narra, Manuel Nunes Viana possuía extensos rebanhos à margem do rio São Francisco, conta-se que o mesmo possuía uma fazenda no local denominado Mari, em Minas Gerais, e há até hoje uma lagoa com o mesmo nome. Manuel Nunes, dominando toda a região onde fundou a cidade de Carinhanha, fazendo um pequeno povoado, construindo uma capela e como padroeiro o glorioso São José que tinha até esta data conservado seu trono e sua devoção. “Foi doada por Manoel Viana uma boa área de terra ao padroeiro São José, hoje transformada nas praças j.j. Seabra e Praça da Bandeira”.
Carinhanha foi uma das grandes senzalas do território baiano, tendo o elemento negro escravo prestado um grande e penoso trabalho no desenvolvimento do território do município. A principal corrente de povoamento do município foi nacional, tendo como causa determinante a procura das minas de ouro do Rio das Velhas.

A produção é artesanal

Do ponto de vista agrícola, os recursos técnicos permanecem os mesmos, pois muitos produtos ainda são elaborados pelos processos empíricos d'antanho, com grandes desperdícios de matéria- prima. Na fabricação de farinha de mandioca emprega-se ainda o processo indígena dos gastalhos de madeiras. Caracteriza-se a população de Carinhanha pela sobriedade de seus costumes. Tem hábitos higiênicos , traja-se com decência, porém sem luxo. Na zona rural ainda existe pratica religiosa de suas tradições e de seus costumes.

As principais riquezas vegetais exploradas no município são: madeiras, em pequena escala para o consumo local, fibras diversas, exploradas para o município de Juazeiro na Bahia, sendo que no povoado de Ramalho há largos trechos florestais inexplorados. A lavoura é o fator de maior importância na economia do município. Entretanto, a falta de estradas é um dos fatores que lhe entrava o desenvolvimento progressivo.
Suas principais culturas são: algodão, mamona, milho, arroz, feijão e mandioca. De modo geral não existe horticultura e nem floricultura no município; a pomicultura está pouco desenvolvida; a agricultura ainda emprega os métodos retrógrados e rotineiros. Todavia, os lavradores progressistas que destacam-se pela organização de seus serviços. A saúva, os gafanhotos e outras pragas atacam implacavelmente a lavoura, e os lavradores não possuem conhecimento dos processos racionais de extinção das referidas pragas.


O caminho da Vila pra cidade

Em 1942, os principais povoamentos do município eram Barra da Parateca, a 48 km da sede, à margem esquerda do Rio São Francisco, com alguma probabilidade de desenvolvimento de seu comércio de peles e de peixes; Desterro, a 12 km da Vila de Cocos, com ótimos terrenos para a cultura de cana-de-açucar cereais; Morrinhos, a 2 km da Vila Iuiu, com bons terrenos para lavoura e diversos veios de cristais que proporcionaram largas possibilidades; Ramalho, a 72 km da sede, um dos promissores núcleos rurais do município com lavoura de algodão, mamona e cereais e, por último, Rio Verde Grande, hoje pertencente a outro município à margem direita do Rio São Francisco com pequena lavoura produzindo grande parte de peixe exportado pelo município. Setembro e Sítio do Mato, Tabuleiro e Venda, pequenos povoados de menores possibilidades.



A elevação da vila de Carinhanha à categoria de cidade deu-se por força da lei estadual nº 762, de 17 de agosto de 1909, assinada pelo então governador Dr. João Ferreira de Araújo Pinho. Sua composição administrativa, que até 1931 era de distrito único, passou a figurar com seis, em virtude do decreto nº 7479 de 8 de Janeiro do mesmo ano que lhe incorporou o território do município de Rio Alegre. Manteve-se assim, até que em virtude do decreto estadual nº 11089 de 30 de Novembro de 1938, perdeu o território do distrito de Alegre, que foi anexado ao município de Santa Maria da Vitória, voltando a figurar com os distritos de Carinhanha, Cocos, Iuiu, Malhada e Parateca .



A cultura popular: um povo que não renega seu passado

As festas dos Reis - um conjunto de homens e mulheres, com caixas, zabumba e dois gaiteiros que tocam em duetos e cantam em louvor dos Santos Reis.
A Contra Dança- é um conjunto de homens com caixas reco -reco, zabumba, pandeiro, viola e duas gaitas de bambu que canta à porta das casas benditos ou letras com dizeres louvando o menino Jesus nascido.
Reis da Mulinha - com uma cabeça de mula feita de pau e um pedaço de pau com cabo de vassoura e na ponta do rabo completando o aspecto da mula em fantasia.
O Reis de Caixas- um grupo de mulheres e um homem que bate caixa e um violeiro, que cantam à porta das casas em louvor dos Santos Reis.
Os ternos – é uma organização mais social, são homens e mulheres bem trajados conforme o terno.
O carnaval – o carnaval é como em todo lugar do Brasil onde os clubes se organizam para os festejos de sempre.

Hoje a festa popular de maior visibilidade é a Festa do Divino, que mistura crenças religiosas e festividades da cultura popular, um momento de encontro entre o antigo e o novo, entre os que foram para as grandes capitais em busca de uma vida melhor e seus amigos e familiares que ficaram na esperança de que as coisas ainda podem melhorar por aqui, em nossa terra natal, em nossa querida Carinhanha!

Pioneiros de Carinhanha


De acordo com o depoimento de alguns moradores da cidade de Carinhanha, os primeiros habitantes desta terra foram os índios caipós, que foram expulsos pelo fazendeiro muito poderoso Manuel Nunes Viana.
Um dos moradores mais antigos de Carinhanha, o senhor Antônio Rodrigues Costa, nascido em 20/09/1912, residente na rua do Jatobazeiro, agricultor, hoje aposentado, ressalta em seu depoimento que a agricultura era um dos fatores de maior importância na economia do município, tendo como os principais produtos o algodão, a mamona, o milho, o arroz, o feijão e a mandioca. Ele diz em seu depoimento que por quatro vezes teve que fugir juntamente com seus familiares por medo das rixas existentes entre o doutor Josefino Moreira de Castro e João Alckmin, e quando isso acontecia os moradores deixavam suas casas e os invasores as roubavam, ou seja, saqueavam todos os pertences das casas e lojas.
Estas brigas aconteceram no ano de 1919, e teve fim no início do mandato do prefeito Francisco Timóteo, depois deste período os moradores passaram a viver de maneira mais passiva, com algumas rixas políticas, porém sem que os moradores tivessem de deixar suas casas.
Quanto à dona Eva Bezerra Lima, nascida em 07/01/1926, em Pernambuco, veio para Carinhanha com 5 anos de idade com seu pai Francisco Bezerra, que comercializava tecidos. Quando aqui chegou, esta cidade era pouco povoada, havia apenas a rua principal Duque de Caxias e a praça da igreja Matriz e poucos estabelecimentos comerciais, dentre eles a loja de tecidos do senhor Joaquim Araújo.
A política neste período era muito violenta causando diversas mortes, vivenciadas pelas pessoas daquela época.
Já a residente Edite Pereira Magalhães, nascida em 20/06/1926, no distrito de Carinhanha, é filha de pai vaqueiro e mãe doméstica, ambos viviam também da venda dos produtos da terra comercializados no vapor, como doces caseiros, requeijão, ovo caipira, lingüiça caseira, milho, arroz, mandioca entre outros. Uma outra fonte de subsistência dos moradores era a pesca que, em grande escala, nelas se praticava com fins comerciais, com a exportação para o município de Juazeiro da Bahia. A mesma diz que tudo corria muito bem exceto os conflitos causados pelos líderes políticos, nesta época a cidade de Carinhanha não havia paz, acrescenta ainda que certa vez, um grupo de 3 líderes políticos invadiram a igreja matriz de São José, atacando o padre Manoel Nascimento, vigário da paróquia, prendendo-o e tomando a chave da igreja.
A senhora Ursulina Pereira dos Santos, nascida em 15/12/1929, em Matias Cardoso, chegando para morar em Carinhanha juntamente com seu pai, que era carpinteiro, e sua mãe que além de doméstica também era artesã.
Esta foi criada carregando água do rio para vender para alguns moradores, trabalhou em casas de família até aprender a costurar, exercendo essa função para o sustento dos seus 6 filhos.
Conta em seu depoimento que a noite ninguém saia para as ruas por medo de lobisomem, da porca de olhos de fogo e a mula sem cabeça, pois acreditava em tais superstições contadas pelos mais velhos.
Como percebemos nos depoimentos acima houve períodos de grandes conflitos políticos, porém nos dias atuais a paz e a tranqüilidade tão almejada pelos antigos moradores reinam no seio das famílias carinhanhense, hoje é uma cidade de pessoas diferentes pacíficas e plácidas, este povo por sua vez tem sua tradição folclórica e sincretismo religioso, ainda imperam em todo município.

Problemas de Carinhanha

Carinhanha é uma cidade que possui um povo humilde e acolhedor e traz em si muitas riquezas naturais e lugares agradáveis, valorizados por seus habitantes e por aqueles que têm o prazer de conhecê-la, porém enfrenta graves problemas, tais como o desmatamento, a poluição de rios e lagoas, a falta de saneamento básico e de moradias decentes para a parcela menos favorecida de sua população.
O desmatamento tem influência direta no aumento da temperatura média e na escassez das chuvas, tornando mais difícil a vida dos moradores da região. As causas principais do desmatamento é a derrubada das árvores para a produção do carvão vegetal que alimenta os fornos das siderúrgicas da região sudeste do país e as queimadas desordenadas na época do plantio.
Problema de igual gravidade é a poluição dos rios São Francisco e Rio Carinhanha. Diariamente estes mananciais recebem esgoto de origem doméstica, de natureza física, química e orgânica, animais mortos e óleos das lanchas, (tornando suas águas inadequadas para o consumo, salvo as áreas atendidas pela rede de distribuição de água tratada). A poluição ocasiona também a diminuição dos peixes, importante fonte de renda para a população ribeirinha, e o assoreamento provocado pelo fim das matas ciliares. Situação parecida acontece na Lagoa da SUDENE, assim chamada devido à sua localização, o que tem trazido muitos transtornos para os moradores de seus arredores devido ao mau cheiro e os mosquitos.
A falta de saneamento básico também contribui para tornar a vida dos carinhanhenses mais difícil: o esgoto a céu aberto, que além do mau cheiro, causa doenças como verminoses, o lixo acumulado nas calçadas devido a insuficiência do sistema de coletas, causando embaraços constantes e atraindo baratas, ratos, escorpiões e mosquitos transmissores de doenças.
Moradia precária não é problema exclusivo dos grandes centros urbanos, pois mesmo numa cidade de pequeno porte como Carinhanha encontramos pessoas vivendo em condições desumanas de moradia, casas construídas de papelão e faixas de propagandas, camas improvisadas sobre varas, fogão de alvenaria e candeeiro para iluminar. Soma-se a isso a alimentação inadequada que traz mais problemas do que sustento.
Analisando o que foi exposto, conclui-se que o homem é o grande causador dos males que o aflige, seja devido aos atos de cada cidadão em particular ou do poder público, que não visa o atendimento da população em suas necessidades. A mudança implica tomada de consciência, solidariedade, bem como a união da população para lutar por seus direitos, sem esperar unicamente pela vontade política, mas de cada um de nós.



Galeria de fotos

Amanhecer carinhanhense às margens do Rio São Francisco.


Ponte sobre o Rio São Francisco, que além de embelezar poderá trazer muito progresso para nossa cidade e região.

Margem do nosso rico e belo Rio São Francisco.

Antiga árvore conhecida carinhosamente como pau-do-fuxico, talvez por ser o ponto onde os casais ou amigos se sentam e contam casos e falam da vida dos outros.




Réplica do vapor Beijamim Guimarães feito pelos artístas de Carinhanha no Encontro das Águas e dos Amigos em Julho de 2007.


Busto do professor Wanderley de França Barbosa.




Câmara de vereadores.



Prefeitura de Carinhanha.



Igreja Matriz da paróquia São José.



Casa do Coronel João Duque e antiga casa paroquial.



Antiga casa da estação de telégrafos e correios; funcionando um tempo também com escola.



Dança de reis conhecido como o terno da cruz vermelha. Acontece a noite com visitas em algumas casas já combinadas, e isso, com a colaboração de menbros da filarmônica Pedro Leite. Atrái muita gente por causa de sua bela música, dança e da alegria de suas participantes.



Grupo masculino de dança de reis. É popularmente conhecido como contra dança.



Reis-de-caixa ou dança popular em louvor ao nascimento do menino Jesus e ao Reis magos.



Casa do careta restaurada. Atualmente sede da secretaria de cultura esporte e lazer; e funcionando como um bom espaço para exposição e apreciação de diversas obras dos artistas da cidade e região.

Reis de boi. Popularmente boi de Vitor ou de Olívia. Acontece no mês de janeiro e atrái uma multidão até mais tarde da noite por causa de sua música, dança e beleza.

Pólo Educacional Dona Cármen. Oferece cursos pela UNB e UNEB, assim como cursos profíssionalizantes e atendimento à comunidade.

Casa do Careta: Antiga escola e prefeitura municipal.

Lanchinha, meio de transporte sobre o Rio São Francisco.